quinta-feira, 6 de outubro de 2016

"Me Encante..."

Me encante da maneira que você quiser, como você souber.
Me encante, para que eu possa me dar…
Me encante nos mínimos detalhes.
Saiba me sorrir: aquele sorriso malicioso,
Gostoso, inocente e carente.

Me encante com suas mãos,
Gesticule quando for preciso.
Me toque, quero correr esse risco.

Me acarinhe se quiser…

Vou fingir que não entendo,
Que nem queria esse momento.

Me encante com seus olhos…

Me olhe profundo, mas só por um segundo.
Depois desvie o seu olhar.
Como se o meu olhar,
Não tivesse conseguido te encantar…

E então, volte a me fitar.

Tão profundamente, que eu fique perdido.
Sem saber o que falar…

Me encante com suas palavras…

Me fale dos seus sonhos, dos seus prazeres.
Me conte segredos, sem medos,
E depois me diga o quanto te encantei.

Me encante com serenidade…

Mas não se esqueça também,
Que tem que ser com simplicidade,
Não pode haver maldade.

Me encante com uma certa calma,

Sem pressa. Tente entender a minha alma.

Me encante como você fez com o seu primeiro namorado…

Sem subterfúgios, sem cálculos, sem dúvidas, com certeza.

Me encante na calada da madrugada,

Na luz do sol ou embaixo da chuva….

Me encante sem dizer nada, ou até dizendo tudo.

Sorrindo ou chorando. Triste ou alegre…
Mas, me encante de verdade, com vontade…

Que depois, eu te confesso que me apaixonei,

E prometo te encantar por todos os dias…
Pelo resto das nossas vidas!!! 

(Pablo Neruda) 

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

"Conquista-me..."

 
Conquista-me!!!
Traz para mim um olhar terno, daqueles que só nos olhos dos meninos podemos ver.
Conta-me coisas. Qualquer coisa, até as que sei, vou fingir surpresa, só para lhe deixar feliz.
Encante-me!!!
Vê razão para deslumbrar-me e qualquer coisa luminosa me faço em seguidor. Engana-se que ousar dizer que bruxas e bruxos gostam do sinistro, do escuro, do lodo... Lá, do lugar de onde vim moram todos os sonhos, Nele os caprichos do destino repousam sobre meus pés...
Sou manso. Conquista-me!!!
Não me diga dos paus que fazem a canoa. Eles pouco significado me dão. Sou barco de branco papel de poema descartado na falta de leitor. Barcos navegam, mas eu viajo! Sem leme, passageiro, sem sonhos...

Autor: "MERLIN", o Mago de Avalon